21 março 2025

Pavimentação da Rua do Vale Cilhão, em Marinhais, não cumpriu com os parâmetros técnicos de qualidade

A zona do Vale Cilhão em Marinhais, na parte nordeste da localidade, encaixada entre a via férrea, a EN367 e a A13, é aquela que mais está desprovida de equipamentos e infraestruturas da freguesia. Nesse sentido, a CDU saúda as recentes pavimentações efetuadas pelo município em alguns dos seus arruamentos, intervenções e investimentos significativos, há muito ansiadas pelos moradores.

No entanto, verificámos que a pavimentação, concluída há poucas semanas na Rua do Vale Cilhão, não cumpriu com os parâmetros técnicos de qualidade exigidos a uma empreitada desta envergadura. Circulando na estrada é facilmente visível a desagregação dos agregados junto às bermas e a sensação de estarmos sobre uma camada fina de betão betuminoso, vulgarmente designada por alcatrão.


Analisando as peças do procedimento da empreitada, disponíveis para consulta pública no site base.gov.pt, verificámos que para a estrutura do pavimento, foi prevista em projecto apenas uma camada de betão betuminoso, contrariando todas as boas práticas e normas correntes da pavimentação de estradas.

Se nada há a obstar em relação aos 30 centímetros da camada de tout-venant utilizada nas camadas de base e sub-base do pavimento – é uma espessura normal de compactação para estradas com estas características – merece-nos imensas dúvidas a solução implementada ao nível do betão betuminoso, que incluiu apenas a camada de regularização, excluindo a camada de desgaste. 

A camada de regularização é uma mistura betuminosa densa, aplicada entre as camadas de base e de desgaste, devendo contribuir para garantir uma boa regularidade superficial do pavimento e impermeabilizar as camadas inferiores. A camada de desgaste é, por norma, a camada superior do pavimento, caracterizando-se por ser pouco permeável, resistente à acção abrasiva do tráfego rodoviário e por apresentar uma espessura a rondar os 5 centímetros.

Ora, aplicando-se apenas camada de regularização, do tipo AC20, significa que os inertes existentes no betuminoso passam por uma abertura de peneiro igual a 20 milímetros, reduzindo-se assim a quantidade de betume, aumentando-se a rugosidade e a porosidade do pavimento e o índice de vazios dos inertes, não sendo assim por acaso que já se visualizam os inertes a desagregar nas faixas junto às bermas, conforme o registo fotográfico que obtivemos no local. A somar a tudo isto e face à reduzida espessura do betuminoso (apenas 6 centímetros) aumenta exponencialmente o risco a curto prazo do surgimento de depressões e abatimentos no pavimento, o que não é aceitável.    


Considerando que a área pavimentada na Rua do Vale Cilhão se cifrou em cerca de 12 mil metros quadrados e que o preço corrente cobrado pelos empreiteiros aos municípios no fornecimento e aplicação da camada de desgaste ronda os 10 €/m2, temos condições para concluir que o executivo do Município de Salvaterra de Magos poupou 120 mil euros ao não aplicar os parâmetros técnicos de qualidade exigidos à pavimentação de estradas.                            

Estando em final de mandato e a poucos meses das eleições autárquicas, terá ainda o actual executivo do PS condições para aplicar esse dinheiro na pavimentação ou repavimentações de arruamentos de pouca dimensão, comprometendo-se desde já a CDU a verificar as condições técnicas em que os mesmos serão executados. Não se deve “despejar alcatrão” nos finais de mandatos por motivos puramente eleitoralistas, ainda para mais nestes termos.

A garantia de uma empreitada com estas características é de 5 anos e, atendendo ao cenário já perfeitamente visível, temos sérias dúvidas que os encargos consequentes desta “habilidosa” solução técnica não terão que ser assumidos e reparados pelo próximo executivo do Município de Salvaterra de Magos.

Também a precipitação registada nos últimos dias levanta-nos sérias dúvidas sobre o sistema de drenagem de águas pluviais executado na Rua do Vale Cilhão, pois o mesmo esteve longe de funcionar devidamente, verificando-se o alagamento geral da estrada. Face a todo o exposto, não nos surpreende que o dimensionamento integral do sistema, com base no cálculo do caudal de ponta de cheia, tenha pecado por defeito, mais uma vez por motivos meramente económicos e não técnicos.

17 fevereiro 2025

João Caniço é o candidato da CDU à Presidência da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos

A CDU apresenta João Pedro Caniço Marques Abrantes da Silva como candidato à Presidência da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.


Tem 44 anos, é natural de Marinhais e membro da Comissão Concelhia de Salvaterra de Magos do PCP desde 2013. É responsável pela coordenação autárquica da CDU no concelho e activista do MUSM – Movimento de Utentes de Salvaterra de Magos.

É Técnico Superior de Engenharia Civil na Divisão Municipal de Obras Municipais da Câmara Municipal de Benavente.

É mestrado em Engenharia Civil (ramo de Estruturas e Construção), pela UBI – Universidade da Beira Interior, na Covilhã.

Foi vereador na Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, entre 2014 e 2017, e eleito na Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos, entre 2017 e 2021. Foi candidato a presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos em 2021.

É membro da Mesa da Assembleia Geral da JUVEMAR – Associação de Formação Cultural da Juventude de Marinhais desde 2022. É presidente da Mesa da Assembleia Geral do 3B Triatlo – Clube Desportivo de Benavente e coordenador da equipa de Atletismo desde 2016. É praticante de Atletismo e Triatlo. Representou o Grupo Desportivo de Marinhais durante 14 temporadas consecutivas: 8 no Atletismo, entre 1986 e 1994, e 6 no Futebol, entre 1994 e 2000.

A experiência adquirida ao longo de anos de ligação à Administração Autárquica, ao Poder Local Democrático e o conhecimento profundo da realidade existente no concelho, são a garantia de que com a CDU, de novo, no Executivo da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, haverá uma voz e propostas diferenciadas para melhorar a qualidade de vida das populações.

A candidatura da CDU afirma-se pelo seu projecto unitário e distintivo, como a grande força de Esquerda no Poder Local, inspirado nos valores de Abril e plasmados na Constituição da República Portuguesa.

Ano após ano, a CDU afirma-se como a única força política coerente e consistente no concelho de Salvaterra de Magos. A oposição séria e construtiva, assente na força do colectivo e na justeza do seu programa e compromisso para com as populações, rejeitando por completo projetos de poder pessoal, divisionismos fratricidas e subjugações aos ditames das distritais.

O projecto autárquico da CDU assenta na premissa do desenvolvimento sustentado e sustentável do Município de Salvaterra de Magos na sua vertente política, económica, social, cultural e ambiental. Incentivar a criação de emprego qualificado, valorizar o consumo e a produção local, encurtar ciclos de produção, promover a fixação de população, dinamizar programas de habitação pública e de áreas de reabilitação urbana, construir creches e mercados diários, requalificar e modernizar espaços culturais, exponenciar a oferta cultural e desportiva, potenciar a biodiversidade e a sustentabilidade ambiental, investir na mobilidade urbana sustentável e defender os direitos dos trabalhadores do município e das freguesias, serão, novamente, as linhas estruturantes do programa eleitoral que a CDU se propõe a executar.

Para além da intervenção institucional nos órgãos autárquicos do concelho, a CDU tem mantido durante o corrente mandato uma ligação constante às populações e trabalhadores do município, tendo em vista a apresentação de propostas e soluções para a resolução dos seus problemas e dinamizando a luta através dos seus activistas no terreno, realizando regulares distribuições de propaganda e promovendo a assinatura de justos abaixo-assinados, tais como sejam pelo direito a médicos de família ou pela subida dos salários.

Nos últimos 24 anos, sucessivos executivos municipais, quer do BE, como do PS, têm governado o concelho numa lógica de poder autocrático centrado numa única figura. Ancorado no seu projecto democrático e colectivo, e no seu percurso de intervenção e proposta, a CDU, com as responsabilidades que daí advêm, apresenta-se como a alternativa e espaço de convergência de todos os que lutam pelo direito ao Trabalho, à Saúde, à Educação, à Habitação, à Cultura, ao Desporto, à Mobilidade no concelho de Salvaterra de Magos.

A CDU, com reconhecido trabalho e provas dadas ao serviço do concelho e do seu povo, com uma contínua e consequente afirmação de soluções alternativas, com proposta e intervenção que resultam da profunda ligação à vida e do contacto permanente com as populações, afirma-se como força de projecto e realização, a força capaz de abrir caminho a uma governação democrática do concelho, combatendo a inércia e apontando soluções concretas para os problemas reais das populações.

21 dezembro 2024

Sobre a Reposição das Freguesias de Salvaterra de Magos, Foros de Salvaterra, Glória do Ribatejo e Granho

 


Tomando conhecimento da aprovação da proposta de desagregação das freguesias de Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra, Glória do Ribatejo e Granho, efectuada na passada terça-feira, dia 17 de Dezembro, por parte do Grupo de Trabalho das Freguesias, integrante da Comissão do Poder Local e Coesão Territorial da Assembleia da República, a Comissão Concelhia de Salvaterra de Magos do PCP saúda efusivamente as populações das citadas freguesias por, finalmente, doze anos depois, se estar em vias de se proceder à reparação de uma injustiça histórica para com estas populações e freguesias.

Relembramos que o processo de agregação/extinção de 1168 freguesias, entre as quais Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra, Glória do Ribatejo e Granho, imposto pela Lei n.º 11-A/2013, da maioria PSD-CDS, inseriu-se num objectivo mais amplo de liquidação do Poder Local Democrático, conquista do 25 de Abril, consagrada na Constituição da República Portuguesa, mereceu generalizada contestação e oposição das populações e da esmagadora maioria dos seus órgãos autárquicos.

A agregação destas quatro freguesias em apenas duas, tal como se previa, resultou em prejuízos para as populações: não trouxe ganhos financeiros nem contribuiu para o reforço da coesão territorial, dificultou a resolução de problemas, a proximidade e a ligação dos eleitos com as populações, reduziu a capacidade de reivindicação das populações e dos seus órgãos autárquicos e esbateu a identidade de cada freguesia.

Salientamos a importância que teve a criação das freguesias de Foros de Salvaterra em 1985 e de Granho em 1989, para o seu crescimento e desenvolvimento, para afirmação das suas tradições culturais. As agregações forçadas registadas em 2013 não beneficiaram estas freguesias e as suas populações, pelo contrário, sofreram estagnação e retrocesso cultural e social, não sendo de todo sustentável manter os gastos suplementares exigidos para administrar áreas tão abrangentes e extensas.

Durantes estes quase 12 anos, correspondentes a três mandatos autárquicos, o PCP e a CDU de Salvaterra de Magos estiveram sempre ao lado das justas reivindicações das populações e das freguesias agregadas, tendo apresentado várias moções, tanto nos órgãos municipais como nos de freguesia, reclamando a conjugação de esforços das forças democráticas para a reposição imediata das freguesias extintas.

No entanto, é pertinente verificar que o “PS concelhio” que agora se gaba ufanamente desta aprovação, é parte integrante do “PS nacional” que, com responsabilidades governativas no país durante oito anos, se limitou a empurrar o problema com a barriga - rejeitando vários projetos de lei do PCP na Assembleia da República pela reposição das freguesias e fazendo ouvidos moucos à ANAFRE (Associação Nacional de Freguesias) que, em congressos realizados em 2018 e 2020 manifestou como prioridade a reposição das freguesias extintas contra a sua vontade - limitando-se a pífias recomendações ao Governo, tendo em vista a avaliação do processo para posterior decisão.

Posto isto, é apenas em Junho de 2021, através da Lei n.º 39/2021, que é desencadeado o processo de desagregação das freguesias, assente num procedimento moroso, complexo, com critérios difíceis de cumprir, tanto ao nível da viabilidade económico-financeira, da inventariação do património existente, como de um exigente cronograma de deliberações por parte dos vários órgãos autárquicos do município, assim se explicando que tenham dado entrada apenas 188 pedidos de desagregação de freguesias, e desses, somente 123 foram aprovados, ou seja, pouco mais de 10 % em relação às 1168 freguesias extintas em 2013.  

O PCP votou a favor de todos os processos entregues na Assembleia da República e continuará a intervir para que a vontade das populações seja cumprida.

 

Salvaterra de Magos, 21 de Dezembro de 2024

A Comissão Concelhia de Salvaterra de Magos do PCP

16 dezembro 2024

CDU vota contra o orçamento e plano plurianual de investimentos para 2025 da freguesia de Marinhais

Declaração de Voto: Orçamento e Plano Plurianual de Investimentos para 2025 (Sessão Ordinária de 12-12-2024 da Assembleia de Freguesia de Marinhais

 

- da análise crua aos números do Orçamento da freguesia para 2025 verificamos que, não obstante um crescimento de cerca de 22 mil euros, o valor global é de apenas 487 mil euros, montante irrisório para uma freguesia com mais de 6 mil habitantes e quase 39 km2 de área. São números que nos fazem corar de vergonha porque se torna praticamente impossível realizar investimentos dignos de registo sem financiamento e apoio externo, sejam eles municipais, através de fundos comunitários ou quadros de apoio;

 

- as despesas correntes com os trabalhadores e os membros do Executivo e da Assembleia de Freguesia rondam os 302 mil euros (cerca de 62 % do orçamento). Acrescendo a aquisição de bens e de serviços (combustíveis, seguros, comunicações e outros) temos +/- 102 mil euros (cerca de 24,5 % do orçamento). Só aqui temos cerca de 86,5 % do orçamento;

 

- sobra assim muito pouco para apoios a associações e colectividades (+/- 10 mil euros, 2 %) e apoios sociais (os mesmos +/- 10 mil euros, 2 %). Relativamente ao apoio ao movimento associativo torna-se cada vez mais premente a elaboração e aprovação de um regulamento que estabeleça critérios tangíveis, uniformes e de equidade para a concessão desses apoios, de modo a que ninguém saia prejudicado nem beneficiado. Relembramos que foi por proposta da CDU em 2013 que se aprovou o regulamento municipal de apoio ao associativismo na Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, que até aí não existia. Manifestamos a nossa disponibilidade para pegarmos nesse documento que apresentámos em 2013, adequá-lo à realidade de uma freguesia como a nossa, e submetê-lo a análise e discussão com as outras forças partidárias representadas nesta Assembleia de Freguesia, de forma a que seja possível a sua elaboração e aprovação no próximo ano, último do corrente mandato;

 

- valorizamos e não menosprezamos a gestão corrente do dia-a-dia. São coisas a que não damos grande significado numa perspectiva global de investimento e desenvolvimento de uma autarquia, mas são importantes para o quotidiano diário da freguesia e dos seus habitantes e rotinas. Marinhais tem uma rede viária enorme, parte significativa dela ainda por pavimentar, em terra batida, e é importante que os trabalhos de regularização e nivelação dessas vias seja garantido com regularidade, em especial durante a época das chuvas, sem esquecer outras situações prementes como os abatimentos em aquedutos que registámos no decorrer do presente ano, designadamente na Rua do Casal e da Estrada da Miranda, que trouxemos a este órgão e à Assembleia Municipal de forma a que fossem resolvidos atempadamente. A higiene e a limpeza urbana são outros elementos fundamentais que valorizamos;

 

- para o fim da nossa análise ficam os Investimentos. Basicamente é uma cópia do já previsto para 2022, 2023 e 2024, ou seja, estamos pelo 4.º ano consecutivo a apresentar praticamente o mesmo, significando que pouco ou nada foi feito. Verifica-se que há abertura de rúbricas para situações importantes, tais como sejam o projeto para o cemitério, requalificação do recinto das Festas e remodelação de jardins. Entretanto, o aqueduto da Rua dos Félix foi executado pela Câmara Municipal e saiu da lista, enquanto que a remodelação e ampliação do estaleiro da Junta de Freguesia foi substituída pelo arranjo e manutenção do edifício da junta de freguesia. No entanto, tal como nos anos anteriores, os valores inscritos são residuais o que significa que não há financiamento garantido para a execução desses objetivos, tendo que se esperar pelo aval e respetivo financiamento por parte da Câmara Municipal e do seu presidente. É manifestamente redutor estarmos a assistir a este cenário pelo quarto ano consecutivo. É tempo de concretizar estes objectivos! Numa primeira fase, em projecto naturalmente. Sem um projecto bem delineado e executado não se consegue concorrer a fundos comunitários (como o Portugal 2030), muito menos ver o seu financiamento aprovado. É tempo de o sr. presidente da Junta de Freguesia exigir junto da Câmara Municipal a articulação e desenvolvimento destas situações. Como é do conhecimento público, numa Assembleia Municipal realizada no final do ano passado, o sr. presidente da Câmara Municipal “chutou” estas responsabilidades para o sr. presidente da Junta de Freguesia.

 

- Há quantos anos foram abatidas as árvores do recinto das Festas? Mais de uma década? Incrivelmente nada se fez desde então, nem sequer o tão famigerado projecto de requalificação do recinto. O ringue tem quase 50 anos, foi construído após o 25 de Abril, voluntariamente, pelos jovens de então que praticavam Andebol e não tinham um campo digno para o fazer. O piso de cimento é o mesmo! Exigimos a sua requalificação com um pavimento adequado ao século XXI. Basta de inércia! É tempo de exigir respostas a quem de direito. Queremos um projecto concretizado no próximo ano. Queremos a implementação de políticas no território que contrariem os impactos das alterações climáticas. Em 30 anos o concelho de Salvaterra de Magos perdeu cerca de 75 % das florestas e das matas que o compunham. Marinhais não é excepção como bem sabemos. Temos um executivo municipal que, nos últimos onze anos, privilegiou a implantação de estátuas de carácter estético duvidoso e de arranjos urbanísticos com a implementação em pleno da cor cinza (pavês e calçadas) em detrimento da plantação de árvores. Cada vez mais serão frequentes longos períodos de seca e chuvadas intensas num curto espaço de tempo. Está mais do que na altura de o sr. presidente da Junta de Freguesia exigir a implementação de medidas à Câmara Municipal, já que os meios que tem ao seu dispor são diminutos, há que reconhecê-lo, tanto a nível orçamental, como em meios técnicos e recursos humanos. É um anacronismo autárquico que uma freguesia com a dimensão da nossa, tenha um orçamento tão baixo e tanta escassez de recursos humanos e técnicos. É lamentável que a freguesia de Marinhais receba, tal como no passado, apenas 152.400 € de transferência corrente da Câmara Municipal, valor inferior ao que recebe, por exemplo a freguesia de Glória do Ribatejo e Granho, à qual é transferido o valor de 174.960 €, com uma população bastante inferior. Não é que o valor transferido para os nossos vizinhos seja elevado, porque não o é, nem tão pouco queremos entrar em competição com as outras freguesias, mas a verdade é que é um valor muito abaixo daquilo que uma freguesia com a dimensão de Marinhais deveria receber. Se quisermos concorrer a fundos comunitários ou a qualquer outro programa ou quadro de financiamento temos que mandar fazer os projectos a privados ou pedir aos técnicos da Câmara Municipal, pois a Junta de Freguesia não tem qualquer técnico superior no seu quadro de trabalhadores. É tão simples quanto isto. Por tudo isto é também lamentável que, na referida sessão da Assembleia Municipal, o sr. presidente da Câmara Municipal, tenha “chutado” as responsabilidades de alguns destes investimentos para o sr. presidente da Junta de Freguesia de Marinhais. É mais do que tempo, vamos entrar no último ano de mandato, é imperioso, o sr. Cardoso exigir mais e melhores apoios e investimentos na freguesia ao sr. Esménio!

 

- Face ao exposto, designadamente no capítulo do PPI (Plano Plurianual de Investimentos) e pela sua repetição pelo 4.º ano consecutivo, concluímos de que não existem condições mínimas para a CDU viabilizar a proposta de orçamento para 2025. A CDU teve razão ao votar contra o Orçamento para 2024 pois, com excepção do aqueduto da Rua dos Félix, nada foi feito no que concerne aos Investimentos nele previstos. Não estamos assim disponíveis para viabilizar uma mera intenção de objectivos inscritos no PPI que depois não saem do papel pelo exposto anteriormente. Nesse sentido, o nosso voto contra é um voto político que tem como objectivo pressionar a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos para assumir as suas responsabilidades no apoio efectivo e real às justas aspirações da freguesia e da população de Marinhais. Em termos práticos, e caso o orçamento seja chumbado e fiquemos em regime de duodécimos, terá o executivo todas as condições para desenvolver os investimentos inscritos no PPI, pois os mesmos já se encontravam, a grosso modo, inscritos nos orçamentos anteriores.

 

12 de dezembro de 2024

 

Os eleitos da CDU na Junta e na Assembleia de Freguesia de Marinhais,

 

Joana Ferreira

Samuel Viegas

16 março 2024

A freguesia de Marinhais tem um problema crónico com árvores

Realizou-se na passada quarta-feira, dia 13 de Março, uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos. Entre os vários pontos da Ordem do Dia, incluíam-se protocolos de colaboração e apoio financeiro do município com as juntas de freguesia. Sobre Marinhais, a proposta a apresentar aos eleitos na AMSM resumia-se no seguinte:

Fotografia retirada do Google Maps, obtida em Julho de 2022

A Junta de Freguesia procedeu à reparação dos tractores e carrinhas, tendo necessidade de substituir os taipais e estruturas de reboque, bem como de substituir as janelas e estrutura exterior do salão da junta, que se encontra muito degradado. Procedeu ao corte de um pinheiro na Rua Narciso Santos, que se encontrava a prejudicar o pavimento, e denota aumento significativo com as despesas de combustíveis na manutenção das zonas verdes, dado o crescimento de urbanizações na vila. De modo a suportar a execução destes trabalhos, a Câmara Municipal comparticipa com 16 mil euros.

Os eleitos da CDU, João Abrantes e André Martins, questionaram o motivo da decisão de abater o pinheiro. 

Porque razão se optou pelo mais fácil em vez de se efectuar o "saneamento" da zona afectada da estrada - cortar pavimento betuminoso, "abrir caixa", cortar e retirar as raízes, preencher e compactar com agregado britado de granulometria extensa (tout-venant) e repavimentar com betuminoso - mantendo-se o imponente pinheiro que aparentava estar em boas condições fitossanitárias? Em complemento ao referido, poderia ainda ter-se aberto uma vala, no limite da estrada, de profundidade razoável, e ter-se enchido com betão, impedindo assim as raízes de, futuramente, avançarem para a estrada. 

Portanto, não faltam opções técnicas para lidar com problemas deste género, sem recorrer ao método extremo de eliminar árvores.  

Publicação retirada da página de Facebook da Freguesia de Marinhais

Posto isto, estamos perante mais um triste episódio do lamentável histórico da relação entre a freguesia de Marinhais e árvores. Desde o abate das árvores do recinto da Comissão de Festas em Dezembro de 2013 (conforme imagem que se junta - na altura foi informado à população que já existiam árvores para substituir as abatidas, mas ainda aguardam o famoso projecto de requalificação do recinto (*), que não há meio nem verbas de ser conhecido), passando pelas "podas assassinas" das poucas árvores em locais públicos que ainda resistem na freguesia, sem esquecer a não plantação de qualquer árvore na via pedonal recentemente requalificada na EN 367, desde o recinto da Comissão de Festas até ao limite urbano da freguesia, replicando, registe-se, o que já havia acontecido na requalificação da via pedonal da Várzea Fresca na EN 114-3, ao qual o sr. Presidente da CMSM, enquanto candidato num debate da rádio em Setembro de 2021 e quando confrontado pelo candidato da CDU, João Caniço, considerou estar muito bem feito, pois já existiam algumas árvores nos terrenos privados contíguos - uma boa parceria público-privada (PPP) "socialista", certamente.

Combater as alterações climáticas, manter e plantar árvores autóctones são expressões que não entram no léxico dos sucessivos executivos da Junta de Freguesia de Marinhais e do Município de Salvaterra de Magos. Relembre-se que, nas últimas três décadas, se registou a desflorestação em cerca de 75 % (3 mil hectares) das florestas e matas existentes no concelho. 


(*) Pelo terceiro ano consecutivo está aberta uma rubrica, com uma verba residual, sublinhe-se, no Orçamento e Plano Plurianual de Investimentos, da Junta de Freguesia de Marinhais, para a execução de um projecto de requalificação do recinto da Comissão de Festas. 

03 março 2024

Almoço de Apoiantes em Samora Correia


Excelente almoço de campanha ontem na Casa do Povo de Samora Correia, com a presença de dezenas de apoiantes e do 1.º candidato pelo círculo eleitoral de Santarém, Bernardino Soares, que reforçou a importância da mobilização, do esclarecimento e da importância do reforço da CDU - Coligação Democrática Unitária para a semana final da campanha eleitoral.