21 julho 2025

Intervenção do primeiro candidato da CDU à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos na apresentação em Glória do Ribatejo

Camaradas e amigos,

Começo naturalmente por agradecer a presença e o apoio de todos nesta nossa iniciativa que visa apresentar os primeiros candidatos aos órgãos autárquicos do município. Depois de no passado mês de Maio termos apresentado a lista de 7 candidatos efectivos à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, apresentamos agora os nossos candidatos a presidentes das várias juntas de freguesia e da Assembleia Municipal. São tempos difíceis e sombrios estes que vivemos, da promoção do preconceito e do ódio, do egoísmo e do individualismo, da absoluta falta de solidariedade e de empatia, do ataque aos mais frágeis e mais pobres. É preciso ter muita força e coragem para ser o rosto em cada localidade do nosso projeto autárquico distintivo e diferenciado dos demais, de transformação política, económica, social, cultural e ambiental, assente nos valores do trabalho, da honestidade e da competência, almejando o desenvolvimento sustentado e sustentável do nosso território, sempre com os direitos e a melhoria das condições de vida das populações e dos trabalhadores como objectivo prioritário. Posto isto, a Margarida, o Vasco, o João, o Sérgio e o Nuno têm intrinsecamente essa força e coragem, em liderarem as nossas candidaturas nas respectivas freguesias e no órgão deliberativo e fiscalizador da acção do executivo municipal. Obrigado. Estamos convosco nessa difícil luta, têm todo o nosso apoio e confiança!

Primeiros candidatos da CDU aos órgãos autárquicos do concelho de Salvaterra de Magos

As circunstâncias em que se realiza o acto eleitoral do próximo dia 12 de Outubro são bastante diferentes do que aconteceu em 2021. Consuma-se o fim de ciclo de doze anos de governação do município centralizada na pessoa de Helder Esménio. Nenhum dos actuais presidentes das juntas de freguesia se recandidata a um novo mandato: três deles por opção, o outro por imposição da limitação de mandatos. O ainda presidente da assembleia municipal, depois de derrotado em 1989 e 2001, entende que à terceira é de vez, e é desta que será eleito presidente da Câmara Municipal, para satisfação do próprio ego, nem que para isso tenha aberto uma guerra fratricida no PS local com a facção apoiante da actual vice-presidente do município e que agora se arrogam como muito “independentes”, arrebanhando tudo o que mexe, desde ex candidatos do PSD, aos despojos do BE, até a eleitos do partido Chega. Os contornos são rocambolescos e não quero nem desejo alongar-me muito sobre o assunto. A questão fundamental que pode e deve ser compreendida por todos é que se tratam, apenas e somente, de dois projetos de poder pessoal. Vaidade, ego e soberba. Nada mais do que isso. As diferenças com o nosso projecto autárquico são por demais evidentes. Ninguém aqui se colocou em bicos de pés ou exigiu ser candidato ao que quer que fosse. Tudo foi discutido colectivamente. Ninguém pediu rigorosamente nada em troca para ser candidato nas nossas listas. Estamos todos aqui de livre e espontânea vontade. A candidatura da CDU afirma-se assim pelo seu projeto unitário e distintivo das demais, como a grande força de Esquerda no Poder Local, inspirada nos valores de Abril e plasmados na Constituição da República Portuguesa.

A análise que fazemos às condições estruturais vigentes no concelho de Salvaterra de Magos não fogem, em grande medida, ao que se verifica na generalidade dos concelhos do distrito de Santarém.

O tecido industrial e económico do concelho é frágil, assentando na agricultura, algum comércio e serviços, baixos salários e deslocação diária para o local de trabalho fora do concelho de uma parte muito significativa da população activa (cerca de 3300 pessoas saem diariamente de Salvaterra de Magos para trabalhar, segundo os dados dos Censos 2021), o que acarreta elevados impactos económicos, ambientais, familiares e sociais. Nem o facto da posição geográfica favorável, bastante próxima da Área Metropolitana de Lisboa, tem ajudado no desenvolvimento económico e industrial do concelho de Salvaterra de Magos. Segundo dados divulgados pela NERSANT em 2023, o volume de exportações das empresas de Salvaterra de Magos ronda apenas os 12 milhões de euros, uma das mais baixas entre os 21 concelhos do distrito, bastante longe do líder, o concelho vizinho de Benavente, com uns impressionantes 526 milhões de euros, “apenas” 43 vezes mais. Também por aqui se revela que a teimosia da nossa proposta recorrente em infraestruturar a nova Zona Industrial de Muge, adquirida pelo município há mais de 12 anos e deixada literalmente ao abandono desde aí, é mais do que acertada. Sem eletricidade, água, esgotos e acessos não há empresa que ali se queira fixar, esta é a verdade nua e crua, cabendo ao município, sobretudo pelos impactos que descrevi, assegurar e investir nessa infraestruturação. Não é desejável anunciar-se numa sessão da Assembleia Municipal, com toda a pompa e circunstância, um fortíssimo investimento de uma empresa de cannabis, que asseguraria a construção dessas infraestruturas, e depois, passados 2 ou 3 anos, informar como mera nota de rodapé que, afinal, a empresa já não ia fazer lá nada.

Felizmente, o quadro no que se refere a equipamentos e infraestruturas municipais existentes no concelho e em fase de obra ou a construir em breve, é muito diferente para melhor em relação ao que acontecia em 1997, ano em que a CDU destronou o PS da governação do município, após 21 anos de gestão desastrosos. Quem tiver boa memória e alguma idade certamente se recordará da diferença gritante que existia em relação aos concelhos vizinhos de Almeirim e Coruche, e ao de Benavente em particular. Não obstante a existência de algumas divergências de fundo que demonstrámos, desde 2001 e 2013, para com as gestões do BE e do PS, reconhecemos que hoje o município detém uma série de equipamentos importantes e em devido funcionamento tais como escolas, centros de saúde, pavilhões, campos de futebol, bibliotecas, salas multiusos e de espectáculos e estações de tratamento de águas residuais. Entretanto, prossegue a construção dos 24 fogos de habitação em Salvaterra de Magos para arrendamento acessível (no âmbito da Estratégia Local de Habitação), e iniciaram-se os trabalhos de construção do novo centro de saúde em Marinhais e do pavilhão gimnodesportivo em Foros de Salvaterra, obras muito importantes e que têm todo o nosso apoio, pecando apenas, no caso das habitações a custos controlados, pelo seu número relativamente escasso. Lamentamos o facto de a construção do canil em Salvaterra de Magos não ter avançado neste mandato, pelo facto de o concurso público ter ficado deserto, sem concorrentes, em duas ocasiões, mas é um projecto que continuaremos a apoiar e a reivindicar, se necessário, no próximo mandato.

Posto isto, diria que sim, há muita coisa feita, mas também há muitas mais a fazer. A falta de creches públicas que deem a devida resposta à grande procura e que garantam o direito da gratuitidade, arduamente conquistado por proposta recorrente do PCP na Assembleia da República, salta logo à evidência. Enquanto Almeirim construiu a sua creche municipal e se prepara para iniciar a construção da segunda, e Benavente requalificou por inteiro uma outra, aumentando o n.º de vagas e melhorando as condições existentes, Salvaterra de Magos limitou-se a garantir mais meia dúzia de vagas em IPSS, enquanto aguarda pacientemente que os sucessivos governos PS e PSD/CDS aprovem a proposta do PCP de implementação de uma rede de creches públicas que garanta a cobertura universal. As duas freguesias mais pequenas, Muge e Granho, não têm um campo de futebol relvado para as suas crianças praticarem desporto ao ar livre. Justifica-se? São poucas crianças? Os clubes dessas terras não têm actividade? Estão suspensos ou extintos? O que dizem as juntas de freguesia? É também este debate que é necessário e nos propomos a fazer, para podermos, no futuro, tomar decisões fundamentadas. Outro exemplo: o velho campo de futebol de Marinhais está ao abandono há 16 anos. Não há ideias para ali? Requalificação com um novo equipamento desportivo? Construir um parque urbano, um jardim digno, para uma terra que não o tem? Podia continuar e disparar aqui uma série de situações durante largos minutos, mas vou tentar concluir e sintetizar sobre dois ou três assuntos. Desde logo o Ambiente e as Alterações Climáticas. Com excepção da requalificação do jardim junto à Câmara Municipal em Salvaterra de Magos, pouco ou nada foi feito neste âmbito. Helder Esménio deve ser alérgico a árvores pois poucas ou nenhumas plantou durante os seus mandatos. Olhemos aqui para o lado, a charneca de Glória do Ribatejo, um território enorme, submergido em monocultura intensiva de uma espécie que provoca a degradação e a erosão contínua dos solos, barril de pólvora para eventuais incêndios em larga escala. O que fez o município de Salvaterra de Magos e a Junta de Freguesia de Glória do Ribatejo durante estes últimos anos? Nada, rigorosamente nada. O que fez, por exemplo, o município de Mação, aqui no norte do distrito? Garantiu 80 milhões de euros para desenvolver um projecto de transformação da paisagem de cerca de 20 mil hectares (metade da área do concelho), com o objectivo de reforçar a prevenção de incêndios rurais e ordenar a floresta através de projectos de gestão e exploração comum dos territórios agroflorestais em zonas de minifúndio. Estamos fartos de ouvir, a cada 4 anos, o candidato do PS à Junta de Freguesia de Glória do Ribatejo dizer que vai fazer um projeto para a charneca e depois não fazer rigorosamente nada. É com base neste bom exemplo de Mação e que subscrevemos por inteiro, que vamos lutar por desenvolver no próximo mandato.  

A Cultura foi um parente pobre, muito pobre, nos últimos 12 anos de governação do PS. Consistiu basicamente em despejar dinheiro para contratar artistas de renome para actuar na Feira de Magos (que assim, cada vez menos, se propõe ao desígnio com que foi idealizada), publicar uma revista anual, apresentar meia dúzia de livros, promover outra meia dúzia de exposições por ano e aguardar pelas iniciativas do movimento associativo. A diferença é gritante para com o município vizinho de Benavente, que apresenta uma diversificada e consistente oferta cultural durante todo o ano, mantendo a linha de excelência desenvolvida pelo nosso mandatário, Domingos Lobo, durante os muitos anos em que foi o seu programador cultural. Também aqui, é este bom exemplo que pretendemos seguir e desenvolver.

Para terminar, concluo com aquilo que é a principal valência de uma instituição, os seus trabalhadores. A relutância e resistência de Helder Esménio em aplicar o pagamento do SPI – suplemento de penosidade e insalubridade – aos trabalhadores das áreas do tratamento e recolha de resíduos e higiene urbana, escudando-se em convenientes pareceres jurídicos e argumentando com a dificuldade de contabilização das horas de serviço, diz tudo sobre a maneira como um executivo que se diz “socialista” tratou os seus trabalhadores durante os últimos 12 anos, acrescidos da degradação das instalações dos estaleiros municipais, da falta de equipamentos e roupas de trabalho dignas para os assistentes operacionais desempenharem as suas funções, da não aplicação da opção gestionária (que permite acelerar o aumento da base salarial, quando os salários são, genericamente, baixos na função pública), sem esquecer a recusa em sequer dialogar com a estrutura sindical que representa parte significativa dos trabalhadores do município, diz tudo sobre a arrogância e preconceito de classe de Helder Esménio, mas também de Helena Neves, Noel Caneira, Paulo Cação, Francisco Madelino ou Manuel Bolieiro, que, julgo saber, nunca se pronunciaram publicamente sobre estas situações. Pois bem, a CDU propõe exactamente o contrário do que descrevi. Os trabalhadores têm imperiosamente de ser respeitados e valorizados – são eles que produzem e asseguram o funcionamento dos serviços municipais.

Camaradas e amigos, há mais uma série de situações e temas sobre as quais poderia partilhar convosco, mas creio que ficou registado boa parte do essencial. Teremos tempo, para durante os próximos quase 3 meses, fazer passar a nossa mensagem, as nossas propostas e o nosso programa eleitoral. Contamos convosco para nos ajudarem nessa exigente e difícil tarefa. Não contem connosco para arrastar para a lama o debate eleitoral com que as duas candidaturas saídas da área do PS parecem apostadas em ir. Percebemos por que razão o fazem. Não se distinguem em nada da governação dos últimos 12 anos, não têm nada de substancialmente novo a propor, apenas frases genéricas retiradas de um qualquer programa de Inteligência Artificial e divagações filosóficas sobre eventuais projectos futuros. A nossa proposta é construtiva, o debate é pela positiva, feito de forma séria, rigorosa, factual, coerente e consistente. Não poderia ser de outra maneira. É essa a nossa marca e são esses os nossos valores.

Obrigado a todos.

VIVA A CDU! VIVA O CONCELHO DE SALVATERRA DE MAGOS!  

João Caniço

12 maio 2025

Intervenção do primeiro candidato da CDU à CMSM no jantar em Glória do Ribatejo

 Camaradas e amigos,

organizamos esta iniciativa que visa enquadrar três situações: as celebrações do 104.º aniversário do PCP assinalado no passado dia 6 de Março, inclui-se na campanha para as Eleições Legislativas que se realizam de amanhã a oito dias e é uma espécie de pontapé de saída para as Eleições Autárquicas que vão ter lugar daqui a cerca de 4 meses e meio.

Não tenho por desígnio nem por objectivo de vida ser presidente ou chefe de nada, mas a verdade é que é com muita honra e orgulho que me apresento perante vós como o primeiro candidato da CDU à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, na sequência do convite que me foi feito nesse sentido pela Comissão Coordenadora da CDU de Salvaterra de Magos que entende, tal como em 2021, que tenho as condições e competências necessárias, no quadro e no âmbito do projecto autárquico da CDU, para desempenhar esta tarefa. Agradeço a confiança demonstrada e vou dar o meu melhor para estar à altura do desafio.

No entanto, assinalo que o órgão executivo de uma Câmara Municipal, seja ela qual for, é muito mais do que apenas o seu presidente. No caso de Salvaterra de Magos, com cerca de 20 a 21 mil eleitores, é composto por sete elementos: um presidente e seis vereadores. É também por isso que hoje nos fez todo o sentido apresentarmos a nossa lista de candidatos efectivos aos lugares de vereação do município - gente boa, gente de trabalho, com provas dadas no plano profissional, académico, associativo, sindical, cultural e desportivo, reconhecidos nas suas terras, militantes do PCP e independentes progressistas e humanistas, alguns connosco há muitos anos, outros que se juntam pela primeira vez a esta força de Abril, coerente e construtiva, distintiva e diferenciada das demais, que coloca a resolução dos problemas das populações e o desenvolvimento sustentado e sustentável dos territórios como as suas prioridades. Agradeço a todos eles a disponibilidade demonstrada apenas e só assente na palavra dada e honrada, sem pedirem nada em troca, sem exigirem potenciais benefícios e privilégios pessoais - o único objectivo é somente o de trabalhar em prol da comunidade, das gentes e das terras que compõem este município. Obrigado, Inês, Patrícia, Nelson, Luís, Sandra e Rui. Obrigado a todos vós. 

O projecto autárquico da CDU assenta na premissa do desenvolvimento sustentado e sustentável do Município de Salvaterra de Magos na sua vertente política, económica, social, cultural e ambiental. Incentivar a criação de emprego qualificado, valorizar o consumo e a produção local, encurtar ciclos de produção, promover a fixação de população, dinamizar programas de habitação pública e de áreas de reabilitação urbana, construir creches e mercados diários, requalificar e modernizar espaços culturais, exponenciar a oferta cultural e desportiva, potenciar a biodiversidade e a sustentabilidade ambiental, investir na mobilidade urbana sustentável e defender os direitos dos trabalhadores do município e das freguesias, serão, novamente, as linhas estruturantes do programa eleitoral que a CDU se propõe a executar. Acreditamos que parte bastante significativa do programa eleitoral com que a CDU se apresentou ao eleitorado em 2021 se mantém plenamente válida, ou não se mantivessem as condições de vida e de desenvolvimento do concelho bastante semelhantes ao verificado há 4 anos. No entanto, encontramo-nos em fase de estudo de algumas situações que pretendemos incluir no programa e que, a breve trecho, divulgaremos para conhecimento de todos. Aproveitamos também para vos pedir que, caso tenham situações pertinentes e que vos pareçam merecedoras de serem incluídas, que nos contactem para respectiva discussão e análise. Não é assim por acaso que afirmamos, com orgulho, que somos um projecto colectivo e democrático onde a discussão na base pode e deve ser realizada.

Como vos disse inicialmente, não me coloquei em bicos de pés, nem pedi a ninguém para ser candidato a nada, foi uma decisão colectiva clara e inequívoca, ao contrário, por exemplo, do que acontece no partido que governou a CMSM nos últimos 12 anos, que se encontra em clima de guerrilha interna e de profundas desavenças entre dois projectos antagónicos de poder pessoal: um, na linha da continuidade do actual poder existente e outro, que se vendo apeado de um cargo dourado pela mudança de governo ocorrida no ano passado, tenta, pela terceira vez, ser, finalmente, presidente da CMSM. Teremos assim uma candidatura oficial e uma outra oficiosa do mesmo partido, o que não sendo inédito no plano autárquico nacional, é bastante caricato e revelador dos seus verdadeiros objectivos: poder pessoal e "mais do mesmo" no que se pode projectar como governação no mandato 2025-29. Desta vez, ao que parece, não teremos candidatura do partido que liderou a CMSM de 2001 a 2013. Afastados da governação da CMSM, outro projecto de poder pessoal definhou, até implodir nos últimos meses, conforme se pode verificar na frágil oposição na Câmara Municipal ou na saída de vários eleitos em outros órgãos autárquicos. Posto isto, também é interessante ver que um outro partido, sempre residual em quase 50 anos de eleições autárquicas no concelho e que só aparece localmente de quatro em quatro anos para disputar eleições, tenha ido "pescar" ao outro lado do espectro ideológico o seu candidato à CMSM. Finalmente, o último adversário, o partido de extrema-direita, fascista, racista e xenófobo, perdido em anos de brigas e quezílias internas, que só tem uma concelhia organizada porque a distrital a impôs, apresenta como primeiro candidato um indivíduo que só se dignou a colocar o nome na nota de apresentação. Não interessa actividade e percurso profissional, académico ou associativo, basta dizer que é daquele determinado partido, odeiam imigrantes e ciganos, vão acabar com a corrupção, são contra o sistema e têm, alegadamente, 40 mil euros para estoirar na campanha autárquica de Salvaterra de Magos, dinheiro esse que, seguramente, dizemos nós, vem bem de dentro das elites do sistema. 

A candidatura da CDU afirma-se pelo seu projecto unitário e distintivo, como a grande força de Esquerda no Poder Local, inspirado nos valores de Abril e plasmados na Constituição da República PortuguesaAno após ano, a CDU afirma-se como a única força política coerente e consistente no concelho de Salvaterra de Magos. A oposição séria e construtiva, assente na força do colectivo e na justeza do seu programa e compromisso para com as populações e desenvolvimento dos seus territórios. A CDU é a força de projecto e realização, a força capaz de abrir caminho a uma governação democrática do concelho, combatendo a inércia e apontando soluções concretas para os problemas reais das populações.

Obrigado a todos pela vossa presença.

Obrigado ao Rancho Folclórico das Janeiras pela cordialidade e simpatia com que nos receberam.

Viva a Glória do Ribatejo!

Viva o concelho de Salvaterra de Magos!

Viva a CDU!

João Caniço

11 maio 2025

Jantar CDU na Glória do Ribatejo

A Comissão Concelhia de Salvaterra de Magos do PCP organizou ontem à noite, no Pavilhão do Rancho Folclórico das Janeiras, em Glória do Ribatejo, um jantar-convívio que visou comemorar o 104.º aniversário do Partido Comunista Português, reforçar a campanha da CDU no distrito de Santarém, tendo em vista as Eleições Legislativas do próximo domingo e marcar o arranque para as Eleições Autárquicas a realizar no início do Outono, com a apresentação pública dos candidatos efectivos da CDU à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos:





1. João Caniço, 44 anos, Eng.º Civil;
2. Inês Moreira dos Santos, 40 anos, Psicóloga;
3. Patrícia Félix Lages, 38 anos, Produtora Executiva;
4. Nelson Guerra, 46 anos, Técnico de Manutenção;
5. Luís Pereira, 37 anos, Eng.º Civil;
6. Sandra Rute Morgado, 45 anos, Técnica de Desporto;
7. Rui Pereira, 42 anos, Arqueólogo.

As intervenções políticas estiveram a cargo de Inês Santos, primeira candidata da CDU pelo círculo eleitoral de Santarém à Assembleia da República e João Caniço, primeiro candidato da CDU à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.

Agradecemos o generoso e voluntário contributo a todos os que ajudaram na preparação e na realização do jantar, assim como aos militantes, simpatizantes e amigos do Partido e da CDU que marcaram presença na confraternização, tendo todos saído com ânimo redobrado para o reforço das lutas colectivas a travar no imediato e nos próximos meses.

Agradecemos igualmente a disponibilidade para a cedência do espaço e toda a cordialidade e simpatia com que o Rancho Folclórico das Janeiras de Glória do Ribatejo nos recebeu.

21 março 2025

Pavimentação da Rua do Vale Cilhão, em Marinhais, não cumpriu com os parâmetros técnicos de qualidade

A zona do Vale Cilhão em Marinhais, na parte nordeste da localidade, encaixada entre a via férrea, a EN367 e a A13, é aquela que mais está desprovida de equipamentos e infraestruturas da freguesia. Nesse sentido, a CDU saúda as recentes pavimentações efetuadas pelo município em alguns dos seus arruamentos, intervenções e investimentos significativos, há muito ansiadas pelos moradores.

No entanto, verificámos que a pavimentação, concluída há poucas semanas na Rua do Vale Cilhão, não cumpriu com os parâmetros técnicos de qualidade exigidos a uma empreitada desta envergadura. Circulando na estrada é facilmente visível a desagregação dos agregados junto às bermas e a sensação de estarmos sobre uma camada fina de betão betuminoso, vulgarmente designada por alcatrão.


Analisando as peças do procedimento da empreitada, disponíveis para consulta pública no site base.gov.pt, verificámos que para a estrutura do pavimento, foi prevista em projecto apenas uma camada de betão betuminoso, contrariando todas as boas práticas e normas correntes da pavimentação de estradas.

Se nada há a obstar em relação aos 30 centímetros da camada de tout-venant utilizada nas camadas de base e sub-base do pavimento – é uma espessura normal de compactação para estradas com estas características – merece-nos imensas dúvidas a solução implementada ao nível do betão betuminoso, que incluiu apenas a camada de regularização, excluindo a camada de desgaste. 

A camada de regularização é uma mistura betuminosa densa, aplicada entre as camadas de base e de desgaste, devendo contribuir para garantir uma boa regularidade superficial do pavimento e impermeabilizar as camadas inferiores. A camada de desgaste é, por norma, a camada superior do pavimento, caracterizando-se por ser pouco permeável, resistente à acção abrasiva do tráfego rodoviário e por apresentar uma espessura a rondar os 5 centímetros.

Ora, aplicando-se apenas camada de regularização, do tipo AC20, significa que os inertes existentes no betuminoso passam por uma abertura de peneiro igual a 20 milímetros, reduzindo-se assim a quantidade de betume, aumentando-se a rugosidade e a porosidade do pavimento e o índice de vazios dos inertes, não sendo assim por acaso que já se visualizam os inertes a desagregar nas faixas junto às bermas, conforme o registo fotográfico que obtivemos no local. A somar a tudo isto e face à reduzida espessura do betuminoso (apenas 6 centímetros) aumenta exponencialmente o risco a curto prazo do surgimento de depressões e abatimentos no pavimento, o que não é aceitável.    


Considerando que a área pavimentada na Rua do Vale Cilhão se cifrou em cerca de 12 mil metros quadrados e que o preço corrente cobrado pelos empreiteiros aos municípios no fornecimento e aplicação da camada de desgaste ronda os 10 €/m2, temos condições para concluir que o executivo do Município de Salvaterra de Magos poupou 120 mil euros ao não aplicar os parâmetros técnicos de qualidade exigidos à pavimentação de estradas.                            

Estando em final de mandato e a poucos meses das eleições autárquicas, terá ainda o actual executivo do PS condições para aplicar esse dinheiro na pavimentação ou repavimentações de arruamentos de pouca dimensão, comprometendo-se desde já a CDU a verificar as condições técnicas em que os mesmos serão executados. Não se deve “despejar alcatrão” nos finais de mandatos por motivos puramente eleitoralistas, ainda para mais nestes termos.

A garantia de uma empreitada com estas características é de 5 anos e, atendendo ao cenário já perfeitamente visível, temos sérias dúvidas que os encargos consequentes desta “habilidosa” solução técnica não terão que ser assumidos e reparados pelo próximo executivo do Município de Salvaterra de Magos.

Também a precipitação registada nos últimos dias levanta-nos sérias dúvidas sobre o sistema de drenagem de águas pluviais executado na Rua do Vale Cilhão, pois o mesmo esteve longe de funcionar devidamente, verificando-se o alagamento geral da estrada. Face a todo o exposto, não nos surpreende que o dimensionamento integral do sistema, com base no cálculo do caudal de ponta de cheia, tenha pecado por defeito, mais uma vez por motivos meramente económicos e não técnicos.

17 fevereiro 2025

João Caniço é o candidato da CDU à Presidência da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos

A CDU apresenta João Pedro Caniço Marques Abrantes da Silva como candidato à Presidência da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.


Tem 44 anos, é natural de Marinhais e membro da Comissão Concelhia de Salvaterra de Magos do PCP desde 2013. É responsável pela coordenação autárquica da CDU no concelho e activista do MUSM – Movimento de Utentes de Salvaterra de Magos.

É Técnico Superior de Engenharia Civil na Divisão Municipal de Obras Municipais da Câmara Municipal de Benavente.

É mestrado em Engenharia Civil (ramo de Estruturas e Construção), pela UBI – Universidade da Beira Interior, na Covilhã.

Foi vereador na Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, entre 2014 e 2017, e eleito na Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos, entre 2017 e 2021. Foi candidato a presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos em 2021.

É membro da Mesa da Assembleia Geral da JUVEMAR – Associação de Formação Cultural da Juventude de Marinhais desde 2022. É presidente da Mesa da Assembleia Geral do 3B Triatlo – Clube Desportivo de Benavente e coordenador da equipa de Atletismo desde 2016. É praticante de Atletismo e Triatlo. Representou o Grupo Desportivo de Marinhais durante 14 temporadas consecutivas: 8 no Atletismo, entre 1986 e 1994, e 6 no Futebol, entre 1994 e 2000.

A experiência adquirida ao longo de anos de ligação à Administração Autárquica, ao Poder Local Democrático e o conhecimento profundo da realidade existente no concelho, são a garantia de que com a CDU, de novo, no Executivo da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, haverá uma voz e propostas diferenciadas para melhorar a qualidade de vida das populações.

A candidatura da CDU afirma-se pelo seu projecto unitário e distintivo, como a grande força de Esquerda no Poder Local, inspirado nos valores de Abril e plasmados na Constituição da República Portuguesa.

Ano após ano, a CDU afirma-se como a única força política coerente e consistente no concelho de Salvaterra de Magos. A oposição séria e construtiva, assente na força do colectivo e na justeza do seu programa e compromisso para com as populações, rejeitando por completo projetos de poder pessoal, divisionismos fratricidas e subjugações aos ditames das distritais.

O projecto autárquico da CDU assenta na premissa do desenvolvimento sustentado e sustentável do Município de Salvaterra de Magos na sua vertente política, económica, social, cultural e ambiental. Incentivar a criação de emprego qualificado, valorizar o consumo e a produção local, encurtar ciclos de produção, promover a fixação de população, dinamizar programas de habitação pública e de áreas de reabilitação urbana, construir creches e mercados diários, requalificar e modernizar espaços culturais, exponenciar a oferta cultural e desportiva, potenciar a biodiversidade e a sustentabilidade ambiental, investir na mobilidade urbana sustentável e defender os direitos dos trabalhadores do município e das freguesias, serão, novamente, as linhas estruturantes do programa eleitoral que a CDU se propõe a executar.

Para além da intervenção institucional nos órgãos autárquicos do concelho, a CDU tem mantido durante o corrente mandato uma ligação constante às populações e trabalhadores do município, tendo em vista a apresentação de propostas e soluções para a resolução dos seus problemas e dinamizando a luta através dos seus activistas no terreno, realizando regulares distribuições de propaganda e promovendo a assinatura de justos abaixo-assinados, tais como sejam pelo direito a médicos de família ou pela subida dos salários.

Nos últimos 24 anos, sucessivos executivos municipais, quer do BE, como do PS, têm governado o concelho numa lógica de poder autocrático centrado numa única figura. Ancorado no seu projecto democrático e colectivo, e no seu percurso de intervenção e proposta, a CDU, com as responsabilidades que daí advêm, apresenta-se como a alternativa e espaço de convergência de todos os que lutam pelo direito ao Trabalho, à Saúde, à Educação, à Habitação, à Cultura, ao Desporto, à Mobilidade no concelho de Salvaterra de Magos.

A CDU, com reconhecido trabalho e provas dadas ao serviço do concelho e do seu povo, com uma contínua e consequente afirmação de soluções alternativas, com proposta e intervenção que resultam da profunda ligação à vida e do contacto permanente com as populações, afirma-se como força de projecto e realização, a força capaz de abrir caminho a uma governação democrática do concelho, combatendo a inércia e apontando soluções concretas para os problemas reais das populações.