21 março 2025

Pavimentação da Rua do Vale Cilhão, em Marinhais, não cumpriu com os parâmetros técnicos de qualidade

A zona do Vale Cilhão em Marinhais, na parte nordeste da localidade, encaixada entre a via férrea, a EN367 e a A13, é aquela que mais está desprovida de equipamentos e infraestruturas da freguesia. Nesse sentido, a CDU saúda as recentes pavimentações efetuadas pelo município em alguns dos seus arruamentos, intervenções e investimentos significativos, há muito ansiadas pelos moradores.

No entanto, verificámos que a pavimentação, concluída há poucas semanas na Rua do Vale Cilhão, não cumpriu com os parâmetros técnicos de qualidade exigidos a uma empreitada desta envergadura. Circulando na estrada é facilmente visível a desagregação dos agregados junto às bermas e a sensação de estarmos sobre uma camada fina de betão betuminoso, vulgarmente designada por alcatrão.


Analisando as peças do procedimento da empreitada, disponíveis para consulta pública no site base.gov.pt, verificámos que para a estrutura do pavimento, foi prevista em projecto apenas uma camada de betão betuminoso, contrariando todas as boas práticas e normas correntes da pavimentação de estradas.

Se nada há a obstar em relação aos 30 centímetros da camada de tout-venant utilizada nas camadas de base e sub-base do pavimento – é uma espessura normal de compactação para estradas com estas características – merece-nos imensas dúvidas a solução implementada ao nível do betão betuminoso, que incluiu apenas a camada de regularização, excluindo a camada de desgaste. 

A camada de regularização é uma mistura betuminosa densa, aplicada entre as camadas de base e de desgaste, devendo contribuir para garantir uma boa regularidade superficial do pavimento e impermeabilizar as camadas inferiores. A camada de desgaste é, por norma, a camada superior do pavimento, caracterizando-se por ser pouco permeável, resistente à acção abrasiva do tráfego rodoviário e por apresentar uma espessura a rondar os 5 centímetros.

Ora, aplicando-se apenas camada de regularização, do tipo AC20, significa que os inertes existentes no betuminoso passam por uma abertura de peneiro igual a 20 milímetros, reduzindo-se assim a quantidade de betume, aumentando-se a rugosidade e a porosidade do pavimento e o índice de vazios dos inertes, não sendo assim por acaso que já se visualizam os inertes a desagregar nas faixas junto às bermas, conforme o registo fotográfico que obtivemos no local. A somar a tudo isto e face à reduzida espessura do betuminoso (apenas 6 centímetros) aumenta exponencialmente o risco a curto prazo do surgimento de depressões e abatimentos no pavimento, o que não é aceitável.    


Considerando que a área pavimentada na Rua do Vale Cilhão se cifrou em cerca de 12 mil metros quadrados e que o preço corrente cobrado pelos empreiteiros aos municípios no fornecimento e aplicação da camada de desgaste ronda os 10 €/m2, temos condições para concluir que o executivo do Município de Salvaterra de Magos poupou 120 mil euros ao não aplicar os parâmetros técnicos de qualidade exigidos à pavimentação de estradas.                            

Estando em final de mandato e a poucos meses das eleições autárquicas, terá ainda o actual executivo do PS condições para aplicar esse dinheiro na pavimentação ou repavimentações de arruamentos de pouca dimensão, comprometendo-se desde já a CDU a verificar as condições técnicas em que os mesmos serão executados. Não se deve “despejar alcatrão” nos finais de mandatos por motivos puramente eleitoralistas, ainda para mais nestes termos.

A garantia de uma empreitada com estas características é de 5 anos e, atendendo ao cenário já perfeitamente visível, temos sérias dúvidas que os encargos consequentes desta “habilidosa” solução técnica não terão que ser assumidos e reparados pelo próximo executivo do Município de Salvaterra de Magos.

Também a precipitação registada nos últimos dias levanta-nos sérias dúvidas sobre o sistema de drenagem de águas pluviais executado na Rua do Vale Cilhão, pois o mesmo esteve longe de funcionar devidamente, verificando-se o alagamento geral da estrada. Face a todo o exposto, não nos surpreende que o dimensionamento integral do sistema, com base no cálculo do caudal de ponta de cheia, tenha pecado por defeito, mais uma vez por motivos meramente económicos e não técnicos.

17 fevereiro 2025

João Caniço é o candidato da CDU à Presidência da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos

A CDU apresenta João Pedro Caniço Marques Abrantes da Silva como candidato à Presidência da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.


Tem 44 anos, é natural de Marinhais e membro da Comissão Concelhia de Salvaterra de Magos do PCP desde 2013. É responsável pela coordenação autárquica da CDU no concelho e activista do MUSM – Movimento de Utentes de Salvaterra de Magos.

É Técnico Superior de Engenharia Civil na Divisão Municipal de Obras Municipais da Câmara Municipal de Benavente.

É mestrado em Engenharia Civil (ramo de Estruturas e Construção), pela UBI – Universidade da Beira Interior, na Covilhã.

Foi vereador na Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, entre 2014 e 2017, e eleito na Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos, entre 2017 e 2021. Foi candidato a presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos em 2021.

É membro da Mesa da Assembleia Geral da JUVEMAR – Associação de Formação Cultural da Juventude de Marinhais desde 2022. É presidente da Mesa da Assembleia Geral do 3B Triatlo – Clube Desportivo de Benavente e coordenador da equipa de Atletismo desde 2016. É praticante de Atletismo e Triatlo. Representou o Grupo Desportivo de Marinhais durante 14 temporadas consecutivas: 8 no Atletismo, entre 1986 e 1994, e 6 no Futebol, entre 1994 e 2000.

A experiência adquirida ao longo de anos de ligação à Administração Autárquica, ao Poder Local Democrático e o conhecimento profundo da realidade existente no concelho, são a garantia de que com a CDU, de novo, no Executivo da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, haverá uma voz e propostas diferenciadas para melhorar a qualidade de vida das populações.

A candidatura da CDU afirma-se pelo seu projecto unitário e distintivo, como a grande força de Esquerda no Poder Local, inspirado nos valores de Abril e plasmados na Constituição da República Portuguesa.

Ano após ano, a CDU afirma-se como a única força política coerente e consistente no concelho de Salvaterra de Magos. A oposição séria e construtiva, assente na força do colectivo e na justeza do seu programa e compromisso para com as populações, rejeitando por completo projetos de poder pessoal, divisionismos fratricidas e subjugações aos ditames das distritais.

O projecto autárquico da CDU assenta na premissa do desenvolvimento sustentado e sustentável do Município de Salvaterra de Magos na sua vertente política, económica, social, cultural e ambiental. Incentivar a criação de emprego qualificado, valorizar o consumo e a produção local, encurtar ciclos de produção, promover a fixação de população, dinamizar programas de habitação pública e de áreas de reabilitação urbana, construir creches e mercados diários, requalificar e modernizar espaços culturais, exponenciar a oferta cultural e desportiva, potenciar a biodiversidade e a sustentabilidade ambiental, investir na mobilidade urbana sustentável e defender os direitos dos trabalhadores do município e das freguesias, serão, novamente, as linhas estruturantes do programa eleitoral que a CDU se propõe a executar.

Para além da intervenção institucional nos órgãos autárquicos do concelho, a CDU tem mantido durante o corrente mandato uma ligação constante às populações e trabalhadores do município, tendo em vista a apresentação de propostas e soluções para a resolução dos seus problemas e dinamizando a luta através dos seus activistas no terreno, realizando regulares distribuições de propaganda e promovendo a assinatura de justos abaixo-assinados, tais como sejam pelo direito a médicos de família ou pela subida dos salários.

Nos últimos 24 anos, sucessivos executivos municipais, quer do BE, como do PS, têm governado o concelho numa lógica de poder autocrático centrado numa única figura. Ancorado no seu projecto democrático e colectivo, e no seu percurso de intervenção e proposta, a CDU, com as responsabilidades que daí advêm, apresenta-se como a alternativa e espaço de convergência de todos os que lutam pelo direito ao Trabalho, à Saúde, à Educação, à Habitação, à Cultura, ao Desporto, à Mobilidade no concelho de Salvaterra de Magos.

A CDU, com reconhecido trabalho e provas dadas ao serviço do concelho e do seu povo, com uma contínua e consequente afirmação de soluções alternativas, com proposta e intervenção que resultam da profunda ligação à vida e do contacto permanente com as populações, afirma-se como força de projecto e realização, a força capaz de abrir caminho a uma governação democrática do concelho, combatendo a inércia e apontando soluções concretas para os problemas reais das populações.