Foi do conhecimento da CDU, o comunicado emitido pela União dos Sindicatos de Santarém aos trabalhadores da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, o qual foi dirigido també á própria Câmara Municipal. Gestos destes ficam com quem os pratica, não nos devemos alongar em apreciações politico-partidárias pois essas deverão servir de análise ao próprio Bloco de Esquerda. A CDU, e activamente a Comissão Concelhia do PCP desde sempre apoiaram e estiveram activamente ao lado dos trabalhadores e do seu direito á Greve.
Comunicado da USS afecta á CGTP-IN:
"Informação aos Trabalhadores da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos
O passado dia 24 de Novembro irá ficar para a história de Portugal como uma jornada memorável da luta dos trabalhadores portugueses pelos seus direitos e pelos direitos das gerações vindouras.
A Greve Geral foi a maior de sempre, tendo registado adesões esmagadoras no sector público.
Os trabalhadores da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos também deram o seu importante contributo à concretização da Greve Geral e esse sim é o facto mais relevante e pelo qual desde já a União dos Sindicatos de Santarém saúda os trabalhadores desta autarquia.
Contudo não pode esta União dos Sindicatos deixar de manifestar a sua indignação e repúdio pela atitude assumida pelo Sr. Vice-Presidente dessa mesma autarquia, visando intimidar e limitar o direito à Greve constitucionalmente previsto.
A retirada de propaganda sindical, nomeadamente de uma faixa que estaria afixada no portão dos estaleiros e a ordem de entrada e de início de laboração dada por este aos trabalhadores que por ali estavam é sinónimo dessa mesma intenção.
Uma atitude deste tipo, proveniente de um eleito de uma força política que manifestou publicamente o seu apoio à realização da Greve Geral é lamentável e demonstrativa de uma falta de respeito pelas mais elementares regras democráticas.
Esse mesmo facto já foi transmitido à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.
Gestos deste tipo só comprovam que a Greve Geral faz mossa e incomoda o patronato, seja público ou privado e certamente ainda encorajarão mais os trabalhadores a lutar pelos seus direitos.
Embora este comportamento possa ter condicionado a adesão à Greve por parte de alguns trabalhadores, felizmente que não será este tipo de incidentes que marcam o futuro e o desenvolvimento do País, bem pelo contrário mais tarde ou mais cedo acabam sempre por ser derrotados e assinalados historicamente como atitudes retrógradas de quem não sabe viver em democracia.
Viva a Greve Geral!
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